As feiras são fenômenos econômicos sociais muito antigos e já eram conhecidas dos Gregos e Romanos. Entre os Romanos, por causa das implicações de ordem pública que as feiras tinham, estabeleceu-se que as regras de sua criação e funcionamento dependiam da intervenção e garantia do estado. O papel das feiras tornou-se verdadeiramente importante a partir da chamada revolução comercial, ou seja, do século XI. Daí em diante, seu número foi sempre aumentando até o século XIII.
No ano de 2015 ocorreu um programa importante na conservação e valorização da Feira Livre de Maracás, o curso de Capacitação dos Feirantes da Agricultura Familiar. O programa de qualificação foi promovido por um conjunto de entidades ligadas a Agricultura do município, visando aperfeiçoar o desenvolvimento sustentável e financeiro dos agricultores e feirantes de Maracás. O evento fez parte do programa de modernização da feira livre, ampliando o atendimento, melhorando as condições higiênicas e maior rentabilidade dos feirantes e produtores.
As Parcerias para realização do evento foram da ADAB, SDR/Bahiater, Sec. de Agricultura do Municipio, Emapa e Ministerio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. As palestras e cursos foram ministrados por Ludovico Neto, Queli Carmelina Gonçalves, Bruno Andrade e Nívea Silva.
A Feira Livre
As feiras livres existem no Brasil desde o tempo da colônia. Apesar dos “tempos modernos” e dos contratempos que elas causam em grandes cidades, elas não desaparecem. Em muitos lugares no interior do país elas são o principal e, às vezes, o único local de comércio da população. Muitas vezes elas funcionam também como centros culturais e de lazer.
Estas feiras devem ter se originado há muito tempo, quando as pessoas se reuniam periodicamente em algum ponto pré-determinado da cidade para vender seus produtos à população ou mesmo realizar trocas. Com o tempo provavelmente o número de pessoas foi aumentando e o poder público interveio com o objetivo de disciplinar, fiscalizar e, é claro, cobrar os impostos.
A feira é um lugar cheio de sons, movimentado e colorido. Talvez por isto chame a atenção numa primeira análise. O colorido das frutas e legumes nas barracas iluminadas pela luz do sol filtrada através dos toldos proporciona um visual muito bonito. Em alguns lugares o sol passa direto pelas frestas e espaços entre as barracas criando uma luz incrível.
No meio disto tudo ainda existem vendedores ambulantes, com tabuleiros montados em cima de caixotes ou simplesmente no chão, que aproveitam a feira para tentar vender diversos produtos. Meninos se oferecem para ajudar as pessoas a carregar as mercadorias. Em suma: uma “confusão” perfeitamente organizada onde tudo parece funcionar na hora e no lugar certo.
Para quem observa de fora a feira parece um teatro cheio de personagens, cada um com sua história. Um lugar com cheiros e sons que nos remetem ao nosso passado e, talvez, à nossa infância. Um lugar com suas cores e suas luzes a serem descobertas, exploradas e…fotografadas.
Valorize a Feira Livre de Maracás
Texto: Roberto Agapio