A região de Maracás, assim como a maior parte da Região Nordeste, passa por uma crise hídrica sem precedente na história. Os índices pluviométricos cada vez menores e com agravante de chuvas irregulares durante o ano, resultaram em uma tragédia ambiental e social que se intensifica constantemente.
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O problema da Seca agora não se restringe às áreas rurais, as comunidades urbanas vem sofrendo com o abastecimento de água. Os reservatórios estão em colapso e isso representa o agravamento do problema ambiental mais crucial para as comunidades..A ineficiência de politicas públicas que incentive programas de convivência com a seca e a falta de investimentos na recuperação de mananciais ou a construção de barragens estratégicas em áreas criticas dependem de ações eficientes e baseados em estudos mais aprofundados.
As comunidades rurais de Maracás dependem basicamente da água potável que é levada pelo Exército e das cisternas que foram implantadas no município pelo programa Água para Todos. Essas ações ajudam as comunidades de maneira paliativa, mas não resolvem o maior problema da atualidade, o acesso a água potável e sua conservação aliada ao desenvolvimento social e econômico.
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O Documentário A Morte das Águas apresenta essa problemática. Gravado nas Comunidades de Mundo Novo e na cidade de Maracás, o filme faz uma abordagem sobre as dificuldades encontradas pelos moradores dessa região, a água é um recurso vital para sobrevivência e qualidade de vida, a escassez vem provocando uma tragédia anunciada e sem nenhum tipo de solução a médio e longo prazo. O sistema de produção agrícola utilizado culturalmente é insustentável e potencializa essa situação de penúria.
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O modelo de produção baseado em latifúndios e nos métodos tradicionais devastaram a vegetação natural, empobreceram o solo e dificultou o abastecimento do lençol freático. Nas regiões da caatinga a prática da pecuária extensiva transformou extensas áreas de vegetação nativa em pastos, as fontes de águas estão desaparecendo, os rios estão completamente assoreados e a morte das águas é evidente e inevitável. As comunidades afetadas clamam as providências divinas e esperam as águas de Deus como maior presente.Oremos!