A Vanádio de Maracás, única mineradora de vanádio das Américas e considerada a melhor mineradora desse produto do mundo, completa cinco anos de operação com um anúncio de peso para o setor: a ampliação de sua produção que passou de 800 toneladas para 1 mil toneladas por mês. O projeto de expansão, que teve início no ano passado, atende a uma demanda do mercado e teve investimentos de R$ 82,7 milhões. A mudança nas operações também aumentou a geração de empregos diretos na planta, alcançando atualmente 800 colaboradores.
Após o início da operação na mina, o município se tornou o 8º maior gerador de royalties minerais (Cfem) na Bahia, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). No ano passado foram pouco mais de R$ 2 milhões. Há cinco anos, foram apenas R$ 56 mil. E antes disso, se quer aparecia na lista.
Entretanto a importância da atividade econômica em Maracás vai além da arrecadação do Cfem. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de empresas ativas na cidade baiana passou de 373 em 2014 para 484 em 2017. A quantidade de pessoas ocupadas passou de 2,2 mil para 3,3 mil no mesmo período. O volume de recursos em circulação na cidade, propiciado pela massa salarial e outras remunerações, praticamente dobrou, passando de R$ 31,4 milhões para R$ 67,1 milhões.
A pesquisa que mostra a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios registra que no intervalo entre 2014 e 2016 a economia maracaense experimentou uma expansão de 60%, passando a registrar um PIB de R$ aproximadamente 309 milhões. O PIB da indústria, que engloba a mineração, triplicou, passando de R$ 27 milhões para pouco mais de R$ 91,5 milhões.
A pesquisa que mostra a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios registra que no intervalo entre 2014 e 2016 a economia maracaense experimentou uma expansão de 60%, passando a registrar um PIB de R$ aproximadamente 309 milhões. O PIB da indústria, que engloba a mineração, triplicou, passando de R$ 27 milhões para pouco mais de R$ 91,5 milhões.
Titânio e ferro estão na mira da Largo
Após o anúncio da expansão na produção de vanádio, que passou de 800 toneladas por ano para mil toneladas, a Largo Resources planeja iniciar a produção de titânio e de ferro-vanádio em sua unidade de Maracás. O projeto de produção do titânio é o mais adiantado e pode ser iniciado em fase piloto até o final deste ano, adianta o CEO da Largo Resources, Paulo Misk.
“O projeto para começarmos a recuperar o titânio e o ferro-vanádio é mais uma evolução em nosso esforço para agregar valor à nossa produção” destaca Misk. Segundo ele, a atividade de extração do minério do solo representa apenas 25% do que a Vanádio de Maracás realiza na cidade do interior baiano. A estrutura montada lá conta com estruturas para processos de transformação física e química.
É graças a esta estrutura que a Largo produz na Bahia o produto que é reconhecido mundialmente como o melhor do planeta. “Depois de passar por uma unidade de pirometalurgia e por uma planta química, nós temos um produto que não é mais simplesmente um mineral, é um produto químico com 99,5% de pureza”, diz.
Além do elevado nível de pureza, o material produzido na Bahia se destaca pelo 2º menor custo de produção do mundo – perdendo apenas para o da China – e por um elevado nível de recuperação do produto, de 80%. Antes de Maracás, o melhor já registrado era de 72%.
Se a planta-piloto de titânio confirmar as expectativas da Largo, a estimativa da empresa é que o início da operação comercial do produto se dê entre dois anos e dois anos e meio. A empresa calcula a possibilidade de produzir até 46 mil toneladas do produto por ano.
“Nós temos muito o que crescer em Maracás”, acredita Misk. Segundo ele, atualmente a mineradora utiliza apenas 3,6% da área disponível na cidade. A área sob a concessão da empresa tem extensão de 26 quilômetros (km).
Segundo Misk, levando-se em conta apenas as reservas que já foram identificadas, a produção mineral na região vai até o ano de 2040. “Nós acreditamos que podemos ampliar este horizonte nos próximos anos. A nossa história por aqui está apenas começando”, avalia.
FONTE: Donaldson Gomes/ CORREIO