O dia 15 de março vai ficar marcado na história como o início das grandes manifestações contra a Reforma Trabalhista e Previdenciária do Governo Federal. A cidade de Maracás também não ficou fora desse importante movimento democrático, trabalhadores foram se manifestar e entraram em luta contra as polêmicas reformas do Governo Michel Temer.
Em todas as capitais do Brasil estão ocorrendo atos, manifestações e paralisações de muitas categorias de trabalhadores públicos e privados. É a primeira mobilização com grande impacto e foram organizados em conjunto pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e o fórum das centrais sindicais. Diversos sindicatos também realizarão assembleias e atos nas categorias, sendo que a maior mobilização prevista será a dos professores e trabalhadores da educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
A Reforma da Previdência, pauta principal das manifestações, pretende mudar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos tanto para homens quanto para as mulheres e aumentar o tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Levando em consideração que a expectativa de vida nas periferias – onde se concentra a maior parte da classe trabalhadora – e em muitas cidades é de 58 anos, grande parte dos brasileiros, pela proposta, deve morrer sem conseguir se aposentar.
Os professores da rede municipal e estadual, alunos, funcionários públicos, integrantes de sindicatos rurais, movimentos sociais, agentes de saúde, limpeza pública, empresas terceirizadas estão participando efetivamente desse ato. Os manifestantes bloquearam a Avenida Brasilia em Maracás e vão ter uma agenda bem movimentada durante a semana. Os principais organizadores estão empenhados em promoverem manifestações e alertar a sociedade contra um verdadeiro golpe aos trabalhadores do país.
Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia (SEC) informou que orientou os diretores a abrirem as escolas apesar da paralisação. “Em relação à mobilização dos trabalhadores da Educação contra a reforma da previdência, a Secretaria da Educação do Estado esclarece que o movimento é nacional e desencadeado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. A Secretaria está orientando os gestores escolares a abrirem as unidades e garante o cumprimento dos 200 dias letivos”, diz o comunicado.