Novos investimentos podem ampliar as operações da Largo em Maracás

O Site Brasil Mineral publicou no final de outubro (29), um investimento de quase R$ 6 Bilhões da Largo Inc. Esse expressivo investimento de US$ 940 milhões no seu complexo de mineração de vanádio e titânio em Maracás, na Bahia.

Esse aporte faz parte de um plano de expansão que visa consolidar a posição da empresa como uma fornecedora estratégica de materiais críticos, especialmente nas Américas. O projeto inclui a construção de uma nova planta de pigmento de dióxido de titânio (TiO₂), além da ampliação da planta de ilmenita e de investimentos para sustentação das operações.

Operação da Vanádio Maracás

O plano é sustentado por um estudo técnico recente que mostrou um aumento nas reservas minerais, atribuindo ao projeto um Valor Presente Líquido de US$ 1,1 bilhão e uma projeção de gerar US$ 3,8 bilhões em fluxo de caixa até 2054, prazo estendido da vida útil do complexo.

A nova planta de TiO₂, prevista para ser construída em Camaçari, deve iniciar com uma capacidade de 30 mil toneladas anuais em 2029, podendo atingir 100 mil toneladas em 2031. A planta de ilmenita, por sua vez, aumentará sua capacidade de 100 mil para 265 mil toneladas por ano até 2029. Além disso, está programada a instalação de um segundo forno em 2027 para expandir a capacidade de produção de vanádio.

Ao longo da vida útil da mina, a produção projetada é de 346,6 mil toneladas de pentóxido de vanádio, 7,77 milhões de toneladas de concentrado de ilmenita e 2,49 milhões de toneladas de pigmento de TiO₂. O CEO interino da Largo, Daniel Tellechea, destacou que o projeto reforça o potencial de longo prazo da operação de Maracás e que a demanda por vanádio, essencial para tecnologias de armazenamento de energia e aplicações aeroespaciais, deve contribuir para o crescimento sustentável da empresa.

Com ações nas bolsas Nasdaq e Toronto, a Largo reforça sua estratégia de crescimento alinhada com uma economia de baixo carbono e explora possibilidades futuras, como a produção de metais do grupo da platina (PGMs) na região. O investimento também representa um dos maiores impulsos ao setor de mineração na Bahia, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.

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