Comemorando 25 anos de carreira, Gabriel o Pensador volta às origens com essa nova música (com beat do Papatinho e letra original do Gabriel) inspirada no seu primeiro rap que tocou no rádio de forma totalmente independente e muito ousada na época. Em setembro de 1992, Tô Feliz (matei o presidente) ocupou o primeiro lugar nos pedidos dos ouvintes até ser censurada pelo governo Collor, mas em maio de 1993, a mesma gravação foi incluída entre as dez faixas do primeiro disco do rapper.
Muitos pediram uma nova versão do tema, faz tempo, mas a ideia surgiu quando o atual governo anunciou o decreto que liberava uma área de Reserva enorme da Amazônia para a mineração.
O clipe foi dirigido por PH Stelzer da Ganja Filmes e gravado em vários estados do Brasil (ver nos créditos finais). Obrigado a todos que participaram do clipe, e mais ainda a todos que participaram e acompanharam e/ou participam e acompanham a longa carreira do nosso Pensador.
Em 1992, havia um ano que Gabriel frequentava aulas de comunicação social na PUC-Rio, onde se sentia “terrivelmente inconformado com o conformismo”. Então em setembro Gabriel mandou para a extinta RPC FM (atual FM O Dia) uma fita demo de “Tô Feliz (Matei o Presidente)”. A música foi ao ar e tornou-se rapidamente a mais pedida da estação, até ser censurada cinco dias depois. O Ministério da Justiça justificou a atitude por considerar que a música incentivava ao assassinato do presidente, que na altura estava passando por um processo de impeachment, e que continha frases ofensivas ao mesmo. A controvérsia se elevou pelo fato de a mãe de Gabriel, Belisa, ter sido assessora de Collor. Vinte dias depois da primeira reprodução de “Tô Feliz (Matei o Presidente)” Collor foi forçado a deixar o governo.
O timing garantiu mais atenção a Gabriel, incluindo reportagens na Veja e MTV Brasil, mas sem atrair as gravadoras. O primeiro convite foi de um selo paulistano, que Gabriel recusou por achar que a estratégia da gravadora era restrito ao público de hip-hop, e ele pensava ter potencial para maior sucesso. Eventualmente Gabriel foi para a Sony Music sem fita demo, carregando apenas uma pasta com letras de músicas e uma fita cassete com a batida para referência. Foi recebido por Sérgio Lopes, empregado do setor internacional. Lopes respondeu bem, e prometeu a Gabriel acesso ao estúdio para gravar duas músicas como teste inicial.
Fonte: You Tube