OPORTUNIDADE DE COMPRA
Excelente Fazenda na Caatinga em Maracás, A 380 km de Salvador-Bahia-Brasil. Fazenda com 817 hectares, composta de: Casa com sede conservada, casa de trabalhador, curral, divisões de pastos, capim buffel e três represas dentro da propriedade.
Sobre as vantagens de investimento na Caatinga são:
De acordo com André Luiz, a criação de animais de pequeno porte é a mais indicada em territórios com longos períodos de estiagem. Numa região onde a água é um dos fatores limitantes da produtividade, animais menores são mais adaptáveis e garantem uma maior fonte de renda ao agricultor. Para o veterinário, uma cabra, por exemplo, para ser produtiva e ter suas funções fisiológicas preservadas, precisa consumir de cinco a seis litros de água por dia. Se a esse animal for dado alimentos como palma ou algum cacto que tenha muita água, essa média cai muito. Em contraponto, um animal de grande porte, como a vaca, chega a beber de 50 a 60 litros de água por dia, se não estiver produzindo leite. Cada litro de leite tem uma demanda metabólica que aumenta muito o consumo de água da vaca.
A alimentação é outro fator que influi sobre a vantagem da criação de animais de pequeno porte na caatinga. Segundo o médico, na área onde pasta uma vaca, oito cabras podem se alimentar e com um impacto ambiental bem menor. Além disso, as cabras se alimentam de plantas ricas em ligninas, substância que dificulta a digestão, diminuindo a fome no animal – e essas plantas são muito presentes na região semiárida.
Por outro lado, quando se considera a produtividade da cabra, em relação a vaca, a renda obtida é muito maior. “Com uma cabra aqui na nossa região, se for feito um estoque de feno e selagem e ela não perder muito peso no período da estiagem, pode-se conseguir três partos, em dois anos. Nesse período de tempo, a cabra pode gerar, em média, seis cabritos”, explica André. A vaca se não for mantida presa e alimentada com ração, consegue no máximo um parto a cada dois ou três anos.
Animais de pequeno porte também geram aumento de renda por poderem ser vendidos com poucos meses de vida, acelerando a rotatividade no rebanho. O bezerro possui limitações como a maior lentidão no ganho de peso e o tempo para o abate que demora em média, se o bicho for mantido preso, três anos.
André Luiz explica ainda sobre como a origem histórica dos animais intervém de maneira direta na sua adaptação aos espaços. “A maioria dos animais ditos de produção hoje não são de origem brasileira. Todos vieram de fora, chegaram com os colonizadores”. Nesse sentido, ainda seguindo com o exemplo da cabra, esta, quando comparada ao gado, segue com vantagem, por ser um animal que possui origem em áreas de clima muito semelhante ao semiárido ou árido.
Quando se fala caprinovinocultura existe a ideia de que os animais podem ser criados sob o mesmo manejo, mas não é bem assim. Eles têm hábitos diferentes e André Luiz explica alguns deles:
- A cabra é muito mais seletiva, come alto, como a gente fala. A cabra sai pastejando numa área muito maior, é uma folha no pé de planta aqui, escolhe outra, vai mais para frente. Já a ovelha possui um hábito alimentar mais rasteiro, come de cabeça baixa. Só fica em pé num umbuzeiro se for para pegar umbu lá em cima. A cabra sobe no pé de umbu, fica em duas patas para pegar uma folha, um fruto, uma flor.
- A cabra, se tiver prenha e passar por qualquer necessidade nutricional, morre logo. A ovelha não. Ela chega até o final da gestação, morre no parto, mas não aborta para se proteger.
- Além disso, a cabra tem um lado social muito mais forte de rebanho. Tem aquela cabra que manda, que come primeiro, que bate nas outras, que domina o rebanho. E a ovelha, o pessoal mesmo diz no interior, é mais bicho doido, baixa a cabeça e sai, às vezes, só se encontra ela há mais de 20, 30 km do local em que é criada.
- A cabra, se tiver a água dela para beber e a caatinga der folha, para ela não precisa de chuva. O risco de verminose aumenta mais na cabra quando tem umidade, o problema de casco também. A cabra não gosta de estar molhada, de ambiente mais úmido.
Fonte: EMBRAPA/REDAÇÃO EM MULTIMEIOS