Nova geração de caminhões Scania

Dois anos após o lançar na Europa sua nova geração de caminhões, a Scania começou no mês passado a fazer a entrega aos revendedores dos novos modelos que estão sendo produzidos no Brasil, a nova linha de caminhões estão sendo produzidos na sexagenária fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Ao contrário do que aconteceu nos mercados europeus, toda a gama foi renovada e ocorreu o lançamento de uma só vez, com preços de 10% a 15% maiores, colocando fim definitivo ao ciclo de vida da atual família de caminhões da marca sueca vendida no País e também exportada, que foi produzida até dezembro. 

A matriz da Scania na Suécia levou cerca de 10 anos e investiu € 2 bilhões para desenvolver a nova geração de caminhões, que e amplia significativamente o leque de opções da marca, com 19 tipos de configurações de cinco cabines modulares e motores de 7 a 16 litros para contemplar 35 tipos diferentes de aplicações, com a promessa de redução de consumo de diesel de até 12% na comparação com a atual gama ainda fabricada no Brasil. A planta de São Bernardo foi sendo preparada desde 2016 para produzir os novos modelos e motores que agregam 12 mil novos componentes, com programa de investimento que soma R$ 2,6 bilhões até 2020. Segundo Christopher Podgorski, presidente da Scania Latin America, R$ 1,5 bilhão já foram investidos e os R$ 1,1 bilhão restantes serão aplicados ao longo dos dois próximos anos. 

“Está em curso o maior programa de investimento da história de 60 anos da Scania no Brasil, que traz melhorias significativas à fábrica e uma nova gama de produtos que oferece um portfólio de soluções sem precedente aqui”, afirma Podgorski.

As Máquinas dos Sonhos da Scania fazem parte de uma linha completamente nova de caminhões, que engloba mais opções de cabine, mais versões de motores, e novas opções de chassi e entre eixos. O único modelo que ficou de fora do lançamento no Brasil é a linha “L”, de cabine rebaixada, usada na Europa para coleta de lixo e entregas urbanas.

Os modelos que vão trafegar nas estradas brasileiras são das linha P, G, R e S, com cabines de teto baixo, normal e alto, contando com piso plano na versão S. As potências começam em 220 cv para a versão P, com um novo motor de 7 litros, e vão até 620 cv, para os modelos R ou S. Há também a opção XT, que pode ser adequada a todas as cabines, e transforma o caminhão em um monstro off-road, preparado para operações severas, como mineração ou florestal. Esse pacote oferece um ângulo de ataque mais elevado, acabamentos com visual mais agressivo, e que são mais reforçados, para suportar as piores operações possíveis. Ao todo, a Scania passa a oferecer 19 variantes de cabines, contra 7 versões da linha PGR anterior.

As evoluções das cabines foi um trabalho da Scania Global que durou 10 anos. Esse redesenho completo melhorou a aerodinâmica dos modelos em 2%, se comparado com a linha Streamline, atualmente vendida no Brasil. Para avançar tanto nesse aspecto, a Scania criou um túnel de vento na Europa, especialmente desenvolvido para testes da nova linha.

Motores

Os novos motores, com blocos de nova liga de aço, tem a tecnologia XPI, apresentada no Brasil durante a Fenatran de 2017, com potências de 450 e 510 cavalos, chega a toda a linha, com novas versões, e um motor totalmente novo, de 7 litros. As potências começam em 220, 250 e 280 cavalos para o motor de 7 litros, passam para 280, 320 e 360 cv no motor de 9 litros, e tem versões de 410, 450, 500 e 540 cavalos na versão de 13 litros. O motor V8 de 16 litros continua disponível, mas agora com potência única de 620 cv. Além das versões citadas acima a diesel, a Scania passa a oferecer motores de 9 e 13 litros para bioetanol e biometano, com potências de 280 cv e 340 cv para o motor de 9 litros, e 400 e 410 cv para o motor de 13 litros.

Outra novidade importante é no câmbio Opticruise. O lay shaft brake, sistema que freia o câmbio durante as trocas de marchas, reduz o tempo de troca para 0,4 segundo, o que faz com que o turbo não perca pressão, o que aumenta o torque. É a primeira linha de caminhões no Brasil a ter esse sistema.

“Trata-se de uma solução simples que faz uma grande diferença quando relacionada a condução e desempenho”, diz Mendonça. “Graças ao freio do eixo, a nossa caixa de câmbio, GRS905, realiza a troca em 0,4 segundos, o que significa que o tempo de mudança de marcha foi reduzido pela metade. Na prática, tornou-se tão rápido que pode dispensar outros tipos de soluções complicadas e que afetam a manutenção.”

Cabines

O caminhão é espetacularmente bem montado, com acabamentos limpos, encaixes perfeitos de peças, direção e banco do motorista em uma posição muito confortável, e todos os controles no alcance das mãos. É difícil citar outro modelo de caminhão que tenha o mesmo nível de conforto e sofisticação da nova linha Scania. Inclusive, muitos carros nacionais não tem esse nível de acabamento e beleza interna.

Ao todo serão 19 especificações de cabines, variando entre as linha P, G, R e S, com cabines curtas, médias e leito, e tetos baixos, médios e altos. Na Europa, a Scania disponibiliza 24 variantes de cabine, que incluem a linha L, com cabine rebaixada, versão que não será vendida no Brasil.

Scania R 500 6×4 with tipper semitrailer

A cabine S, com piso plano e cabine Highline, tem altura de 2,07 metros, e muito espaço interno. Os modelos P, G e R tem o cofre do motor na cabine, com alturas de 44 cm na versão P, 33,5 cm na versão G e 16 cm na versão R. Os tetos variam de 1,5 metro de altura, contando a partir do piso, na cabine baixa, 1,81 metro na cabine normal e 2,07 metro na cabine Highline.

Segurança

Na questão de segurança, os novos modelos Scania foram testados em colisões de todos os tipos, e receberam o exclusivo airbag lateral, que infla com a inclinação do caminhão durante um tombamento. A abertura do airbag ocorre antes mesmo da lateral da cabine tocar o chão, protegendo a cabeça e membros do motorista.

As novas cabines também tem um novo sistema de construção, com novo tipo de aço, mais resistente, e novas formas de moldagem de peças, que são ligadas por soldas de alta tecnologia ou processos adesivos de última geração. Essa tecnologia cria uma cabine que se torna um monocoque, uma estrutura altamente reforça e resistente, que suporta cargas altíssimas em sua cobertura externa.

Fonte: Automotive Business

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