Quadrilha Junina, A tradição continua!

O São João começou e uma das mais belas tradições dessa festa nordestina é a Quadrilha Junina. A Carlomagnum produziu um vídeo gravado na inauguração da Vila Junina de Lagedo do Tabocal com músicas que marcaram esse longo tempo de tradição e alegria. Confira um pouquinho da história das quadrilhas em nosso São João. Recordar é viver! Conheça um pouco dessa tradição e confira o vídeo de uma quadrilha típica da nossa região.

A quadrilha, dança típica das festas juninas brasileiras,  é carregada de referências caipiras e matutas. Mas sua origem vem de muito longe. A “quadrille” surgiu em Paris, no século XVIII, como uma dança de salão composta por quatro casais. Era dançada pela elite europeia e veio para o Brasil durante o período da Regência (por volta de 1830), onde era febre no ambiente aristocrático.

Da Corte carioca, a quadrilha acabou caindo no gosto do povo. Ao longo do século XIX, a dança se popularizou no Brasil e se fundiu com manifestações brasileiras preexistentes. “O brasileiro é um povo muito criativo e criou a forma estilizada de dançar a dança dos nobres”, opina a arte-educadora Lucinaide Pinheiro. A partir daí, diversas evoluções foram sendo incorporadas à quadrilha, entre elas o aumento do número de pares dançantes e o abandono de passos e ritmos franceses. As músicas e o casamento caipira que antecede a dança, também foram novidades incorporadas ao longo dos anos.

Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Escolhido, geralmente, entre os mais experientes do grupo, seu papel é anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deram origem, por exemplo, ao saruê (Soirée – reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salão), anarriê (en arrière – para trás) e anavã (en avant – para frente).

Mais do que arte e dança, a quadrilha junina é uma expressão da cultura popular. E quem se dispõe a desenvolvê-la, acaba perpetuando a tradição de origem francesa. Para a arte-educadora Lucinaide Pinheiro, os dançarinos são, para muitos, grandes referências. “Essas pessoas são mais do que quadrilheiras, elas têm uma ação de protagonismo dentro das suas comunidades”, opina.

Fonte: EBC

 

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